Dílson e familiares |
BARRAS – O RIO, A
CIDADE, O TEMPLO E O TEMPO
(Discurso de recepção a Dílson Lages Monteiro na APL)
Elmar Carvalho
Com muita
honra e alegria, aceitei o convite de Dílson Lages Monteiro para recebê-lo
nesta solenidade de sua posse na Academia Piauiense de Letras, em sucessão ao
grande poeta Francisco Hardi Filho.
O regozijo
se deve ao fato de conhecê-lo há mais de duas décadas, quando ele iniciava sua
carreira no mundo das letras, e por ser ele filho de Barras, terra à qual sou
estreitamente ligado por parte de meu pai, Miguel Carvalho, também barrense,
assim como vários de meus ancestrais paternos. Essa satisfação se torna maior
pelo fato de ainda sermos parentes. É ele filho de Gonçalo Soares Monteiro, já
falecido, de ilustres estirpes do Médio Parnaíba, e de Rosa Maria Pires Lages,
descendente de antigas famílias barrenses.
Esta noite engalanada, portanto, vai
ser uma festa barrense, e veremos aqui perpassar o reflexo dos vultos
históricos da velha Barras do Marataoã, dos seus grandes poetas mortos, e
ouviremos o murmúrio dos rios que lhe formam as barras, de onde lhe veio o
telúrico e poético nome. Nesta Casa sentimos ainda a forte presença do barrense
A. Tito Filho, seu presidente por mais de 20 anos, que acolheu e orientou o
novel consócio com generosidade, quando ele ensaiava os primeiros passos na
literatura.
Quando um
afoito amigo quis escrever um artigo, no qual pretendia retirar de Barras o seu
justo título de Terras dos Governadores, adverti-o para que não o fizesse,
porquanto estaria laborando em vexatório equívoco. Por essa razão escrevi a
crônica ensaística “Barras – terra dos governadores e de poetas e
intelectuais”, a que em seu desenvolvimento acresci “e de marechais”, para
afastar de vez futuras ousadias similares. Essa crônica teve ressonância no
intelecto de Chico Acoram Araújo, a quem dei o título de cacique da tribo dos
Marataoãs, que vem escrevendo uma série de estudos sobre barrenses ilustres,
além de ótimas crônicas e artigos.
Desde que
conheci Dílson Lages, fomos nos aproximando, com respeito intelectual recíproco
e por laços de amizade, sem que fossem necessários convívio e visitas
frequentes. Somos confrades há vários anos na Academia de Letras do Vale do
Longá. Minha admiração aumentou mais ainda porque, sendo eu mais velho, lhe
pude observar as conquistas e a verdadeira vocação literária, feita de
dedicação, estudo, reflexões, e não da busca de efêmeras glórias vãs ou
gloríolas. Também pude notar que em sua trajetória não cometeu insolências e
iconoclastias contra os mais velhos e nem contra as figuras emblemáticas de
nosso panteão literário.
Antes de me
referir à obra literária do novel confrade, quero me reportar de forma breve aos
seus antecedentes e patrono, pois ele já o fez com mais vagar e em maior
profundidade em seu discurso.
A cadeira
21, que ele passa a ocupar, é eminentemente de poetas, a começar pelo seu
patrono, o cônego Leopoldo Damasceno Ferreira, nascido em Oeiras - PI e
falecido em São Luís – MA (1857 – 1906), que foi também professor, autoridade
da administração da Igreja Católica no Maranhão e deputado estadual. Poeta de
mérito, cometeu um belo soneto em que lamenta o amor impossível ou proibido.
Sobre essa peça poética diz Da Costa e Silva, o primeiro ocupante da cadeira:
“Esse padre, que todos afirmam, era crente convicto e um sacerdote virtuoso,
teve, sem dúvida como o poeta Anvers, o seu segredo n’ alma e o seu mistério na
vida. Teve como poeta, a aparição divina de uma sombra de mulher nos caminhos
incertos da existência.” Foi ainda, em parceria com a musicista Firmina
Sobreira, autor da música do Hino do Piauí. Foi tarefa de alta monta, pois
conseguiu musicar o belo poema dacostiano, sem que ficasse ofuscada a melodia.
Recolhi essas informações da monumental Antologia da Academia Piauiense de
Letras, organizada pelo grande pesquisador e historiador Wilson Carvalho Gonçalves,
amigo de meu pai e meu amigo, também barrense como o empossado.
Foi seu
primeiro ocupante Antônio Francisco da Costa e Silva, nascido na bela e
bucólica cidade de Amarante, emoldurada pelas belas serras azuis do poeta, e
quase uma ilha, abraçada pelos rios Parnaíba, Canindé e Mulato. Um dos avoengos
do novel acadêmico era primo do excelso bardo, acho relevante revelar. Da Costa
é o nosso poeta maior e maior poeta, que sempre admirei desde a minha meninice.
Fiquei encantado quando ouvi e li os seus sonetos A Moenda e Saudade, que
sempre releio com o mesmo alumbramento. Fiquei também orgulhoso por ele ser
piauiense. Acompanhei com vívido interesse a celebração de seu centenário, e
tenho lido e relido a sua obra poética completa.
Conversando um dia com o juiz federal
Geraldo Magela e Silva Meneses, este me disse considerá-lo o maior poeta
brasileiro, e como eu o inquirisse sobre esse seu entendimento, respondeu-me,
sem titubeios e vacilações, que se não fosse o maior seria o melhor. Sem dúvida
é um dos maiores ou melhores poetas do Brasil. E o barrense Celso Pinheiro, seu
contemporâneo, bem poderia formar com os poetas Cruz e Sousa e Alphonsus de
Guimaraens a trindade simbolista brasileira, a exemplo da parnasiana, não fosse
o insulamento em que sempre ficou a Literatura do Piauí. Como já tive ocasião
de dizer, aqui mesmo da tribuna de nossa Academia, por cúmulo de trágica
coincidência esses dois magníficos poetas morreram no mesmo dia, no infausto
dia de 29 de junho de 1950.
A poetisa (ou poeta, como se diz agora)
Maria Isabel Gonçalves de Vilhena sucedeu com galhardia Da Costa e Silva. Foi
também cronista e professora. Era fluente ao falar ou escrever em francês. Em
sua provecta vida escreveu os livros Seara Humilde e Nada. A humildade está
apenas nos títulos dessas duas obras poéticas, pois Seara Humilde, contendo 50
poemas, é um verdadeiro florilégio, é uma pujante seara de belas flores de
nosso cancioneiro, e Nada é tudo de bom, pois nele encontramos poemas que estão
em nossas antologias, e alguns publiquei na Seleta Piauiense, que venho
construindo em meu blog.
Logo que cheguei a Teresina, em
agosto de 1982, para assumir o cargo de fiscal da SUNAB, autarquia federal já
extinta, fiz amizade com o poeta Hardi Filho. Bom pai de família, bom amigo,
bom poeta. Com esse tríplice coroamento poderia encerrar minhas palavras sobre
ele. Mas não o farei. Estive em sua residência muitas vezes, onde fui sempre
muito bem recebido por sua esposa, dona Adélia. Fizemos parte de um grupo de
amigos que reativou e deu existência legal à União Brasileira de Escritores do
Piauí – UBE-PI. Trago para este discurso trecho do que sobre ele já disse em
outra ocasião:
Na primeira metade da década de 80,
fui morar em uma república, da qual faziam parte o Nadal e o Gelvan Lisboa, localizada
na Rua Areolino de Abreu, perto do edifício da Caixa Econômica Federal. Nesse
velho casarão, segundo nos contaram, havia residido um engenheiro eletrônico,
que teria cometido suicídio, por motivo que desconheço.
Na porta de um dos quartos, alguém havia
estampado, em letras manuscritas, um lindo e melancólico poema de Hardi Filho.
A tinta das letras, embora não fosse vermelha, parecia escorrer como sangue
ainda fresco. No silêncio e na solidão das noites mortas, sentindo o inebriante
perfume de uma cajazeira em flor, eu parecia sentir a presença do suicida a
recitar os versos de Hardi. Talvez tenha sido aquela – o poema vazado em velha
porta – uma das maiores homenagens, apesar de anônima, que já lhe tenham feito.
Foi nesse velho solar, talvez um tanto
perturbado por sua atmosfera soturna e um tanto fantasmagórica, num cenário em
que pareciam vagar o vulto indefinido do suicida e ressoar os versos
melancólicos de Hardi, que escrevi o meu poema A casa no tempo, cujos versos
deixei impregnados naquelas velhas paredes: “A casa vive em mim. / Vive em mim
/ com seus gemidos / de fantasmas que / arrastam correntes / por entre ais
doloridos. / Vive em mim / com suas lamentações de suicidas / que gemem e gemem
(...).”
Volto-me agora, sem pretensão de ser
um analista ou crítico, para a obra literária e intelectual de Dílson Lages.
Mantém ele, há muitos anos, o Portal
Entretextos, direcionado para a cultura, e, sobretudo, para a da vertente
literária. Nele mantenho a coluna Eclética já faz alguns anos. Outros
escritores e poetas são colaboradores desse site, a meu ver o mais importante
do Piauí em sua modalidade.
Faz alguns anos o acadêmico ora
empossado fundou o Laboratório de Redação Professor Dílson Lages, onde ministra
com muita proficiência lições sobre técnicas redacionais, mercê de já longa
experiência magisterial nos principais colégios de Teresina. Em suas aulas fixa
a atenção no texto, e não em regras gramaticais, conquanto não lhes desconheça
a importância.
Dá ênfase à função social da língua,
tendo criado a sua metodologia própria, ancorada na semântica e no discurso,
bem como na linguística textual. Em seis anos de prática, fez a sua
sistematização, conforme a sua metodologia. Prioriza as relações de sentido, o
poder de argumentação e a especificidade do gênero em debate. Estimula o aluno
a construir o texto e a refazê-lo, no intuito do aperfeiçoamento. Graças à sua
experiência, trabalho e meditações, publicou o livro didático “Texto
argumentativo – teoria e prática”.
Exatamente por ser um professor qualificado
de Redação, é também notável crítico literário, com análises sempre pertinentes
e argutas, em que se percebe o seu poder de observação e de conhecimento
estruturalista da matéria, mas sem deixar de lado as sábias lições herdadas da
boa crítica impressionista, que ainda hoje presta bons serviços à literatura,
quando exercida com inteligência e sabedoria. Nessa messe, tem escrito artigos
e pequenos ensaios, que enfeixados constituiriam importante livro.
Por oportuno e para reforçar minhas
palavras, pinço o seguinte trecho de um ensaio de Cunha e Silva Filho,
pós-doutor em Literatura Brasileira, ensaísta, cronista e memorialista: “Dílson,
como escritor, estreou como poeta, com obras bem acolhidas pelos leitores e
pela crítica. Contudo, sua atividade se estende à prática docente, desenvolvida
em moldes renovadores, tendo como centro de interesse os estudos mais recentes
da comunicação escrita, da análise do discurso, da linguística textual. Daí ter
se tornado logo autor de uma bem realizada obra para a área da Redação, que é
seu livro Texto argumentativo – teoria e prática (2007), publicado em Teresina.”
Tornou-se, com o tempo, um notável
poeta, sendo certo que é reconhecido como um dos melhores de sua geração.
Utiliza-se em sua poemática de todos os recursos que os grandes mestres usaram,
até por ter conhecimento de todas as figuras de estilo disponíveis, em virtude
de sua profissão de professor, a que já fiz referência.
Assim, lança mão de musicalidade,
sinestesias, aliterações, assonâncias, como bem podemos perceber no poema
Marataoã, em que o rio aparece como um símbolo bucólico de sua cidade, com as
suas margens ainda verdejantes:
O rio corre em meu coração
e separa os sentimentos da areia.
A vaga das águas vai
virando pó em pensamento
e a estrada encurta distâncias.
O rio viaja no horizonte
onde dançam os cabelos das carnaúbas
e soluçam os olhos do sol.
O rio corre em meu coração
e deságua nas correntezas do caminho.
Não irei entrar em elevadas
discussões e análises teóricas, técnicas, estruturalistas, que isso deixarei
aos críticos, exegetas e professores-doutores, sem dúvida muito mais bem apetrechados
que eu, mesmo porque pretendi e pretendo dar a este discurso certa leveza,
certa plasticidade.
Todavia, não posso deixar de
sublinhar que a sua poesia, como reconhecem os seus analistas, está referta de
metáforas, de construções antitéticas e de sensações sinestésicas, em poemas
líricos, telúricos e por vezes repassados de discreto saudosismo e nostalgia.
As aliterações e coliterações podem ser vistas em versos como estes:
Consigo me ver nos seus olhos
neles me vejo
como quem vê a si no silencio.
Consigo ser o sal de seus sentidos
e o sol das emoções
vestidas pelo suor suave
que me confunde os verbos.
O certo é que o denso conteúdo dos
versos de Dílson quase sempre está contido em bela forma. Neles encontramos,
sem necessidade de rígidos espartilhos parnasianos, rimas e ritmos, o que lhes
dá um encanto melódico. São encontradiças em seus poemas rimas toantes e
consoantes, assim como as internas, e não apenas as no final dos versos. Sirva
de exemplo a seguinte estrofe de seu poema Sim:
Amar assim
como mar à tona
na frágil maratona
do naufrágio em si.
Em poema revestido de suave lirismo,
mas tocado sutilmente pela “Sombra de Eros” de seu título, louva a esposa
Aldairis, na exteriorização de seu amor:
A tua alma brilha
nas paredes do meu quarto
no silencio da noite escura.
E os raios de teu riso
oferecem ao ar
os riscos de tuas cores
Sem medo de ser poeta, Dílson Lages
Monteiro faz uso de todos os tropos pertinentes, canta a vida e a paixão, o
amor e a terra natal, contudo de forma comedida, sem o exagero daquele poeta,
que ao contemplar o pequeno e belo Marataoã o apostrofou em descomunais versos
hiperbólicos: “Ó imenso mar-oceano”. Em seus poemas o Marataoã, que enlaça,
beija, acaricia e abraça a graciosa e aprazível Barras, aparece pequeno e deslumbrante,
como são pequenas e belas as filigranas da ourivesaria minimalista e perfeita
de Cellini.
Em “O morro da casa-grande”, Dílson
demonstrou ser possuidor de todas as ferramentas e habilidades da romancística.
Diria que nessa obra ele exercitou a boa técnica utilizada pelos melhores
mestres desse gênero literário. Sua linguagem é clara e objetiva, e segue as
regras da norma culta de nosso idioma, contudo sem gramatiquices e
rebuscamentos. Geralmente os períodos são curtos, e despojados de inversões,
torcicolos e estilizações rocambolescas, recursos utilizados pelos que se acham
grandes estilistas ou mesmo pretensos vanguardistas.
Em muitas passagens a sua prosa trai
o poeta que ele é, e adquire tons de agradável lirismo, em que as frases são
ordenadas de forma rítmica. Sua temática e entrechos são simples, verossímeis,
porque ele não pretendeu explorar assuntos em que a imaginação se excedesse em
episódios mirabolantes e fantasiosos. Seus diálogos são bens construídos,
coerentes com o perfil psicológico e cultural da personagem, e despojados da
caricaturização ou macaqueamento dos romancistas menores, que sempre exageram
nessas estilizações do discurso direto da criatura fictícia.
Conquanto não seja um romance
histórico, a história de Barras nele escoa de forma sutil, servindo de pano
de fundo a certos episódios da trama. Assim, a demolição da velha igreja de
Barras ainda nele é lembrada como um fato execrável, sobretudo o estilhaçamento
do Cristo Redentor, que encimava a fachada principal do templo, postado entre
as duas torres.
Sinto como se tivesse lembrança desse
Cristo, que vi em minha meninice, com os seus braços abertos, em acolhimento
aos que chegavam, e a abençoar a cidade e os que partiam. Era uma bela e
vetusta igreja em estilo colonial, construída por José Carvalho de Almeida, e
destruída em 1963, como era um vezo dos padres da época, que gostavam de
ampliar, reformar, descaracterizar ou demolir as velhas capelas e igrejas. Ao
comentar o excelente livro Barras, histórias e saudades, de Antenor Rêgo Filho,
a ela me referi, e remontei à ermida de N. S. da Conceição (que lhe
antecedera), iniciada por Miguel de Carvalho e Aguiar, em sua fazenda
Buritizinho, e concluída por seu herdeiro e sobrinho Manoel da Cunha Carvalho;
essa capela e a casa-grande são a origem mais remota da cidade das sete barras,
como a designei em poema telúrico e evocativo.
Nesse romance bem escrito e atraente,
além de percebermos a transfiguração criativa de memórias de seu autor,
verificamos que foram utilizadas, ao longo da narrativa, concepções do roman à
clef, porquanto são evocados personagens históricos, populares e folclóricos,
que marcaram época no cotidiano de Barras, tais como Chico Luiz, Chico Castelo,
Dodô Veloso, o Dodô das Cabeceiras, Monsenhor Uchoa, Firmino e Joaquim Pires,
coronel Lulu, Vítor Lopes... E tantos outros disfarçados em pura ficção.
Ao me deparar com essas criaturas,
que foram pessoas de carne e osso, não pude deixar de evocar a figura
excêntrica de Neno, de estirpe ilustre, que em sua doença escavou estranho
labirinto, aparentemente sem nenhum objetivo concreto, sobre o qual eu disse,
ao comentar a monumental obra memorialística de Carlos Augusto de Figueiredo
Monteiro: “Neno foi o Dédalo e o Minotauro de seu próprio labirinto. E talvez
tenha sido uma espécie de esfinge que não conseguiu decifrar o enigma de sua
própria vida, de uma beleza cintilante e improfícua, como uma estrela cadente
que se exaure no átimo culminante de sua glória.”
Por entre as páginas desse belo
romance, vemos ainda os velhos sobrados, os casarões solarengos, os logradouros
e praças de outrora, vetustos edifícios públicos, como o do teatro e o dos
Correios, e lamentamos a destruição do antigo cemitério, cujas lápides contavam
muito da importante história barrense.
Quando eu ia a Barras, me hospedava
na casa de Salomão de Sá Furtado, primo de meu pai, que ficava bem perto desse
saudoso campo santo. Salomão, além de exímio operador de morse, tinha uma linda
caligrafia, e uma não menos bela redação. Era um estilista e tinha uma pequena
biblioteca, caso raro, ainda nos dias de hoje. A poucas quadras de sua casa
ficava o Marataoã, em cujas águas nadei em minha adolescência, onde me embebi
embevecido nos olhos luminosos das garotas, que refletiam suas águas, feitas de
ciganice e magia.
Dílson Lages Monteiro me comoveu, e
me restituiu a velha e querida Barras de minha infância e de minha
adolescência, que na redoma de minha memória ainda remanesce intacta, com a sua
vetusta igreja, com o Cristo Redentor de braços abertos entronado no cimo de
seu frontispício.
Por tudo o que relatei, e talvez mais
ainda pelo que não pude ou não soube dizer, mereceu ele a acolhida desta quase
centenária Casa de Lucídio Freitas e de vários outros proeminentes luminares da
cultura e das letras piauienses.
Invocando e evocando um dos velhos
coronéis de O morro da casa-grande, direi:
– Dílson, seja bem-vindo. Adentre e
se abanque.
Discurso de recepção ao novo membro
da cadeira 21 da Academia Piauiense de Letras, proferido em 22.10.2015,
ocorrido no Auditório Wílson Andrade Brandão, na sede da instituição.
Elmar, a Academia Piaueinse de Letras, havia perdido um dos seus poetas maiores, o Acadêmico Hardi Filho, e na reposição de peça deste tabuleiro literário nada melhor do que o Dilson Lages, meu companheiro de Presidencia da Alval, discreto, homem de confiança, fiel, digno, competente e principalmente ético.
ResponderExcluirA APL, está de parabéns e em festa pela chegada do Dilson, você merece todos os nossos elogios por este discurso de recepção e tens um profundo amor e conhecimento por Barras e Barras por você.
Um abraço: J.Itamar Abreu Costa(Alval)
Cada vez admiro mais o poeta Elmar Carvalho pra mim vc é o cara...parabéns ������
ResponderExcluirMeu prezado amigo Dr. Elmar Carvalho,
ResponderExcluirA noite da Quarta-feira passada será inesquecível para mim. Foi a primeira vez que entrei naquele sodalício onde se reúnem os grandes escritores e poetas do Piauí. Fiquei muito mais feliz ainda por ter assistido e presenciado a posse de mais um ilustre filho de minha Barras do Marataoan, meu conterrâneo Dilson Lages, onde naquele momento tive a honra e alegria de conhecê-lo. O novel acadêmico, sem dúvida, terá na APL uma grande trajetória e contribuirá muito para o engrandecimento da literatura piauiense. Ele, merecidamente, está no endereço certo, na casa dos grandes escritores e poetas do Piauí. Parabéns Dilson Lages.
Por outro lado, quero agradecer ao meu grande amigo e incentivador Dr. Elmar Carvalho pelas citações generosas feitas a este iniciante cronista em seu magnífico discusso de posse do novel Dilson Lages, o que, aliás, muito me emocionou.
Dr. Elmar, muito obrigado pela oportunidade de participar dessa bela festa ocorrida na casa de Lucídio Freitas e dos ilustres e grandes escritores e poetas deste Piauí.
Um grande abraço do seu amigo
Chico Acoram
Amigo Poeta,
ResponderExcluirEntre tantas coisas que deixei de fazer na vida, esta é uma das que mais falta me fará, tenho convicção. Por motivos que já tive a oportunidade de te relatar, deixei de comparecer a esse momento ímpar, forjado pela imensa tristeza proporcionada pela lacuna deixada pela saída de um membro importante daquele grêmio literário, e a sua substituição por outro de igual valor e peso. Infelizmente, ou felizmente, a vida tem que continuar, pois em destaque está a sobrevivência e a eternização da velha e aguerrida APL. Dilson Lages, o novo acadêmico, não poderia ter escolhido alguém melhor para recepcioná-lo do que você, um verdadeiro descendente do bravo povo barrense, e um estoico combatente, calejado e coroado nas inúmeras pelejas em prol do engrandecimento da cultura piauiense. Vida eterna ao novo acadêmico!
JP
Caros JP e Acoram,
ResponderExcluirMuito obrigado por suas belas e generosas palavras.
De fato, foi uma bela festa acadêmica, sobretudo pelo discurso do novo acadêmico.
A honra foi nossa em ter o nosso bravo Chico Acoram na solenidade.