(IR)REAL
Elmar Carvalho
Eu busco as
mais loucas sinestesias
em minha mente alucinada,
onde as cores aromáticas
se agregam a sons macios,
misturados com aromas térmicos.
A loucura vem do cosmo
em taças de cristal com sangue,
em aortas com água,
na alucinação total
de um homem que
se diz lúcido.
Na noite calma
um cão ladra
na solidão de
luzes irreais de
um cemitério de
cruzes partidas e
de esqueletos quebrados.
(E outro cão
responde em mim.)
De repente, eu levito
e me deixo transportar
em êxtase ao
país dos mortos-vivos
e lá eu vejo todos os mortos
e todos os vivos como simples
mortos-vivos.
Depois, eu me sinto preso
em todos os extremos do Universo
e sinto que conquistei
a liberdade cósmica,
pregado no infinito.
Pba, 24.11.77
Este éum bom poema, aberto, inclusive bom para ser recitado e ouvio.Grande realização, amigo Elmar.
ResponderExcluirEita poeta que gosto e tenho uma grande administração!
ResponderExcluirEITA poeta que gosto e tenho uma grande administração!
ResponderExcluirCaríssimos,
ResponderExcluirAgradeço-lhe as boas palavras.