segunda-feira, 17 de abril de 2017

SONETO DO ANDARILHO FANTASMA


SONETO DO ANDARILHO FANTASMA

Alcenor Candeira Filho

     Trevas. Noite sem lua. Nenhuma estrela.
     Excêntricos caminhos.  Mil percalços.
     Andarilho fantasma. Pés descalços.
     Ninguém para dar-lhe as mãos na ínvia estrada.

     Qual o destino se traspassa pontes
     que não cruzam lagos rios ou fontes?
     Defronte montanhas altas – montanhas
     altíssimas de azul ataviadas.

     Passos lentos do andarilho incansável
     totalmente nu – sem roupa relógio
     documentos óculos automóvel

     a vagar pelas veredas da exótica
     estrada cada vez mais larga cada
     vez mais linda e cada vez mais longa.

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