SONETO DO ANDARILHO FANTASMA
Alcenor
Candeira Filho
Trevas. Noite sem lua. Nenhuma estrela.
Excêntricos caminhos. Mil
percalços.
Andarilho fantasma. Pés descalços.
Ninguém para dar-lhe as mãos na ínvia estrada.
Qual o destino se traspassa pontes
que não cruzam lagos rios ou fontes?
Defronte montanhas altas – montanhas
altíssimas de azul ataviadas.
Passos lentos do andarilho incansável
totalmente nu – sem roupa relógio
documentos óculos automóvel
a vagar pelas veredas da exótica
estrada cada vez mais larga cada
vez mais linda e cada vez mais
longa.
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