Fonte: Google |
Fera
Geraldo
Almeida Borges
Dentro do
meu ser ruge uma fera
Que tem
patas de seda e olhar arisco
Às vezes
fica de tocaia e me espera
E invade os
meus carneiros no aprisco
E uma fera
doméstica e suburbana
Que só quer
chamar a minha atenção
Dorme e se
espreguiça e é humana
E lambe o
sangue do meu coração
Tem diálogos
comigo de verdade
E adora comer os meus carneiros
E assim
alimenta a sua ferocidade
Minha fera é
felina e fêmea ativa
E pelos meus
tempos derradeiros
Tenho medo
de lhe manter cativa
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