quarta-feira, 21 de agosto de 2019

Ao professor Evandro

Fonte: Google


Ao professor Evandro

Carlos Henriques Araújo (seu irmão)
Poeta e cronista

A vida é o intervalo de tempo entre o nascer e o morrer. O envelhecimento é a conseqüência natural. Todos nós sabemos que passaremos por essa adversidade, mas não nos preparamos para aceitá-la sem um sentimento de tristeza. Envelhecer requer sabedoria para usufruir o tempo que dispomos. É uma questão de escolha. Somos responsáveis pelo nosso envelhecimento.

Existe uma estatística válida para o Brasil e para os países que é pouco divulgada e desconhecida da maioria das pessoas: Somente uma em cada dez pessoas terá morte súbita. As demais (90%) darão trabalho para morrer. Isto é, nove em cada dez pessoas terão morte anunciada. Irão adoecer gravemente e não estarão preparadas para enfrentar a perda de sua autonomia e independência.

A autonomia na velhice é poder dizer eu quero ir ao banheiro, e independência é levantar e ir ao banheiro. Quem não tem autonomia, nem independência vai depender dos outros.  É uma experiência terrível, pois além das “fraldas”, vem a dificuldade de andar, de falar, de enxergar, de ouvir, de comer, de engolir e de beber.

Portanto, antes de chegar nesse estágio, o grande desafio é nos prepararmos para dar menos trabalho para aqueles que iram cuidar de nós (parentes e empregados). Mais ou menos 40% dos brasileiros estão em paz com Deus no seu último dia devida, diz outra pesquisa. Mas será que ao partir dessa para outra, levamos a ciência do sentido da nossa vida? Por que viemos e para onde vamos agora?

As respostas para essas questões encontramos ao nos voltar para nosso interior.  Pode ser que sejamos um ser espiritual e estejamos passando por uma experiência humana aqui na terra. A morte é um dia muito importante na nossa vida. É como nosso nascimento. Quando nascemos somos só inocência. Ao morrer, levamos uma experiência de vida imensa. Adquirimos muitos conhecimentos. Fazemos muitos amigos. Recebemos muitas bênçãos. Estudamos muito e aprendemos muito. Ajudamos aos outros, fazemos ações boas e tivemos muitas atitudes dignas. Enfim, crescemos espiritualmente e cumprimos nossa missão aqui na terra.

O professor Evandro partiu para uma nova vida, muito feliz, com o reconhecimento dos familiares, parentes, amigos e alunos, e com o diploma de aprovado na escola da vida. Ele nos deixará muita saudade pela pessoa que foi como irmão, amigo, professor e incentivador de seus alunos para se realizarem na vida. Uma de suas grandes satisfação era quando via um de seus alunos realizado e com um futuro promissor.

Que o nosso Criador Maior o receba com o carinho que todos nós tínhamos por ele. Obrigado professor Evandro por ter existido em nossa vida, dirão seus alunos e todos que tiveram a oportunidade de conhecê-lo.   

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