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PRIMAVERIL
Nogueira Tapety (1890 – 1918)
É tempo de partir para o campo,
Maria...
Vamos, que a Natureza em festa
nos espera;
E na pompa da luz rebrilha a
primavera,
Deslumbrante de sons, de aromas,
de alegria...
Convalesce a floresta, a adusta
ramaria,
Que o outono desfolhara, as cores
recupera
E a jitirana em flor faz de cada
tapera
Uma alcova nupcial perfumada e
macia...
Vamos... Quando nós dois
passarmos nos caminhos
Do côncavo do céu ao côncavo dos
ninhos,
Hão de em coro aclamar cada passo
que deres.
Vamos... Tu hás de ser, como eu
sou, panteísta,
A amar a natureza, a implacável
artista,
Que te fez a mais pura e a melhor
das mulheres.
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