quinta-feira, 13 de agosto de 2020

Escritor critica pretensão do governo de taxar em 12% o mercado editorial

 

 

O escritor parnaibano Antonio de Pádua Marques Silva criticou nessa quarta-feira a pretensão do Ministério da Economia de taxar em 12% o mercado editorial. Pretendendo lançar no próximo ano três livros, o romancista autor de A Rua das Flores, Gato Ladrão de Sebo e O Libertador de Cuba, vê com muita apreensão esta medida. “Nós que estamos mais longe dos grandes centros vamos ficar ainda mais isolados e sem condições de projeção”, disse.

Desde 2004 vigora uma lei que desonera a indústria do livro, mas a imunidade de impostos de materiais para leitura é mais antiga, setenta e quatro anos, desde 1946. O setor editorial brasileiro teve uma queda de 20% entre 2004 e 2019, confirmada pela Câmara Brasileira do Livro, Associação Brasileira dos Editores de Livros e o Sindicato Nacional dos Editores de Livros.

Ainda segundo Pádua Marques, a saída para quem está ingressando no mercado editorial e para aqueles que estão lançando seus trabalhos é a tiragem de poucos exemplares, no máximo cem unidades. Para isso os escritores de todos os gêneros estão recorrendo às gráficas pequenas. “Nesse caso os custos são acessíveis, podemos fazer pequenas tiragens sem o risco de encalhe”, disse.

Membro da Academia Parnaibana de Letras, do Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Parnaíba e de outras entidades culturais, Antonio de Pádua Marques Silva, aos 64 anos escreveu dez livros, tendo três publicados e a expectativa em 2021 lançar mais três, Os Três Degraus, Vinte Contos Para Simplício Dias da Silva e Opinião, este último uma reunião de artigos durante sete anos nos portais, blogs e impressos. 

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