segunda-feira, 15 de março de 2021

É o mar (*)

Fonte: Google/Elo7


É o mar


Cícero Veras 


Dos vastos Campos

Maiores são seus legados

Entre vertentes dos jenipapos

Os sonhos poesísticos de menino

Embalados pelos ventos

Das canções matinais 

Das aves nos carnaubais.

 

Das águas doces

Do velho monge a correr

Explode-lhe uma mente fértil

As letras fáceis do coração gentil

A nos contar histórias

Em notas musicais

Naqueles velhos festivais.


Cachoeiras e canções

Velhos amigos corações. 

Dar Graças ver o entardecer

A marejar nos olhos do cantador

Ouvindo badalar insistente

Dos tempos adversos

Nos anima ouvir teus versos!


O tema hoje será outro

Uma mesa posta, a decisão

O martelo, a caneta sempre à mão

Uma cadeira no velho panteão, fardão

Não se escuta o parnaibar 

Ele sempre a poemar 

Dos vastos campos, é o mar!

(*) Fico muito grato ao poeta e pastor Cícero Veras por essa bela homenagem, que muito me comoveu. Em meu discurso de posse na Academia Parnaibana de Letras, eu disse que, com o nome que tenho, não me contive em apenas amar o mar, mas era o próprio mar - El mar. 

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