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(IR)REAL
Elmar Carvalho
Eu busco as
mais loucas sinestesias
em minha mente alucinada,
onde as cores aromáticas
se agregam a sons macios,
misturados com aromas
térmicos.
A loucura vem do cosmo
em taças de cristal com sangue,
em aortas com água,
na alucinação total
de um homem que
se diz lúcido.
Na noite calma
um cão ladra
na solidão de
luzes irreais de
um cemitério de
cruzes partidas e
de esqueletos quebrados.
(E outro cão
responde em mim.)
De repente, eu levito
e me deixo transportar
em êxtase ao
país dos mortos-vivos
e lá eu vejo todos os mortos
e todos os vivos como
simples
mortos-vivos.
Depois, eu me sinto preso
em todos os extremos do
Universo
e sinto que conquistei
a liberdade cósmica,
pregado no infinito.
Pba, 24.11.77
Poema lindo, profundo, onde todos os sentimento reverberam na alma de um ser em busca da compreensão do que estamos vivendo e sentindo em nossos corações nestes dias atuais, pos-pandemia e pos-democracia. Poema atual que expressa o sentimento universal das pessoas diante de tudo que está acontecendo no mundo capitalista-socialista-anarquista, sem saber onde a inteligência artificial e a tecnologia nos levará no futuro.
ResponderExcluirParabéns meu grande poeta por este poema "real" apesar do nome.
Meu estimado amigo Carlos Henriques, nem sei o que diga diante de palavras tão generosas e tão bonitas, a não ser: Deus lhe pague!
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