Soneto
XI
Ovídio
Saraiva de Carvalho e Silva (1787 – 1852)
Que horrenda Solidão! os troncos tremem
Ao rábido empurrão de roucos Ventos;
De um lado, e de outro lado a noite atentos,
Sepulcros Mochos nas cavernas gemem.
Ondas ao longe solitárias fremem
Nos cavados rochedos corpulentos;
Tremem os montes aos Trovões violentos;
Uivam os monstros, que atros males temem.
Baços fantasmas pavorosos erram
Por aqui, por ali, na terra triste
Chovem mil Raios de alta mão tremenda.
Medos, que o mundo aterram, não me aterram:
Como já sob a campa Anália existe,
É-me grato o pavor da noite horrenda.
Que horrenda Solidão! os troncos tremem
Ao rábido empurrão de roucos Ventos;
De um lado, e de outro lado a noite atentos,
Sepulcros Mochos nas cavernas gemem.
Ondas ao longe solitárias fremem
Nos cavados rochedos corpulentos;
Tremem os montes aos Trovões violentos;
Uivam os monstros, que atros males temem.
Baços fantasmas pavorosos erram
Por aqui, por ali, na terra triste
Chovem mil Raios de alta mão tremenda.
Medos, que o mundo aterram, não me aterram:
Como já sob a campa Anália existe,
É-me grato o pavor da noite horrenda.
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