Canção
do Exílio
Jorge
Carvalho (1951)
Minha
terra “Mangueira”,
que
acalanta o “sabiá”;
as
evas que ponteiam,
não
ponteiam como lá.
Nosso
céu tem mais sol,
nosso
solo tem mais sal,
nosso
sarro tem mais cio,
nosso
cio tem mais “soul”.
Beira-mar,
barzinho, boite...
mais
prazer encontro eu lá;
minha
terra “Mangueira”,
onde
canta o “sabiá”.
Minha
terra tem licores,
q'as
taças não contam cá;
farrear
noctívago à boite,
mais
lazer lazer encontro eu lá;
minha
terra tem “Mangueira”,
que
encanta o “sabiá”.
Não
permita Zeus q'eu farra,
sem
q'eu volte para lá;
sem
que desfrute os licores
que
não encontro por cá;
sem
q'inda sorva a “Mangueira”
que
acalanta o “sabiá”.
Rio
de Janeiro, setembro de 1984
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