terça-feira, 14 de março de 2017

O HOMEM É O LOBO DO HOMEM?

Fonte: Google

O HOMEM É O LOBO DO HOMEM?

                                                  José Teixeira Pacheco
                                                  Poeta, escritor e ator

          O monólogo poético o Homem é o Lobo do Homem?, estreado no dia 12 de fevereiro no Celeiro Poético Brasiliense pelo autor José Teixeira Pacheco é a junção de poemas de grandes autores piauienses e um norte americano. O tema expressa a violência do homem pelo homem,  inspirado no pensamento do filósofo inglês Tomas Hobbes que tornou célebre o dito cujo termo “o homem é o lobo do homem” em seu livro Leviatã publicado em 1651. Contestamos o pensamento Hobbesiana, por ele defender a Monarquia como sendo a melhor forma de governo e afirmar que o soberano não precisaria da presença concomitante de um Parlamento para governar, pois dividiria o poder e levaria a sociedade ao caos.

Para reforçar seu apoio político à Monarquia Hobbes dizia acreditar que o homem era por natureza mau, por isso, não poderia continuar em seu estado natural, totalmente livre para fazer o que queria. Precisaria assinar um decreto social delegando sua liberdade ao soberano, que protegeria a sociedade. Atribuiu ao homem em seu estado natural o pleno estado de guerra, sua autodestruição, para garantir o poder do soberano sobre os súditos a ferro e fogo. Eu diria que o pensamento de Hobbes se aplicaria às espécies de animais selvagens que devoram os membros de sua própria família, não se aplicaria aos demais animais selvagens cuja violência seria necessária para manter sua cadeia limentar, bem como não se aplicaria ao homem em seu estado natural, pois sabemos que esse homem se submetia à liderança dos anciãos da comunidade e seguia seus conselhos como se comprova nas comunidades primitivas.

Misturamos violência com poesia na tentativa de demostrar que aquela é apenas um fator isolado na sociedade e não a regra, como expressou-se Hobbes ao dizer que o homem em seu estado natural não tem conceito de justiça, é um ser egoísta, egocêntrico e inseguro, segue apenas os ditames de suas paixões, vivendo portanto, em pleno estado de guerra. É difícil darmos um conceito unitário ao tema em função dos inúmeros matizes poéticos; históricos, heróicos, líricos, dramáticos, comediante..., que o vocábulo abrange por ser um trabalho que contempla estilos literários diferentes. Utilizamos sete poemas de grandes autores piauienses e um norte americano, como disse acima, cuja síntese dos poetas e seu(s) poema(s) relatamos a seguir:

O poema “Se” do poeta americano JOSEPH RUDYARD KIPLING, dá um banho de liberdade na violência: “Se és capaz de manter a tua calma quando todo mundo ao teu redor já a perdeu e te culpa / Se és capaz de crer em ti quando estão todos duvidando...”  

Nos poemas do poeta piauiense ELMAR CARVALHO seus personagens se deleitam no livre arbítrio e criam asas. “Poema Sal Sol Solidão”: “E o homem triste sou eu / e o homem triste sofre o sol e o sal de suas dez desgraças” / E a tristeza é uma aranha tecendo teias de saudade onde ela própria se enleia” //  Poema Vida in Victro:“Eras infante e como sofreste / e como fizeste sofrer tua mãe madona, mater dolorosa e pietá / sofrida e consoladora de teus sofrimentos de agora e de sempre” / “E agora teces um poema sem fim com o novelo infinito de tua vida que se desdobra do tudo ao nada”.  

Em “o drama do eleitor”, do poeta piauiense HERMÍNIO CASTELO BRANCO, encontramos a corrupção que mata pelo sofrimento endêmico: “Mas o amigo não sabe que estas nomeações não são feitas a quem tem legais habilitação / os seus examinadores serão especialmente escolhidos e nomeados pelo nosso presidente / lhe darão pontos escritos, rascunho da prova feita/o exame é só pra constar é muito fácil se ajeita”.

Em HERMES VIEIRA também piauiense, encontramos o descaso com o homem da roça: “E o pió disso tudo, cá pra mim / e se vê passá era e chegá era / intregano pra muito, leite e vim / e pra nós sofredô, fome e misera”.

Em “a liberdade” e discriminação zero” poemas de José Teixeira autor do monólogo, o homem se lança em busca da liberdade e passeia pelos campos da justiça: Poema a liberdade:“Só encontro vultos que se cruzam ofuscados pela rebumbância da violência / olhares marcantes, bárbaros, inocentes / corações indefesos, abraços ardentes da falência”// Poema discriminação zero:“O diferente não quer piedade / Pena ou coisa que o valha / Quer respeito, dignidade e cidadania / Bom é não julgar, condenar, criticar / Excelente é respeitar o diferente”.

A motivação é a base da vida saudável, com autoestima elevada o homem contempla sua imagem no espelho e fica satisfeito com o que vê. Lembrando-me de Sócrates me veio à memória o “conhece-te a ti mesmo”. A motivação e o conhece-te a ti mesmo, respaldam o autoconhecimento das próprias potencialidades e fraquezas, permitindo ao homem desenvolver autoconfiança e fazer uso de suas capacidades físicas, psicológicas e espirituais, no aperfeiçoamento da vida. Reflete sobre os valores da atualidade, penetrando fundo no mundo da violência do homem pelo homem e da liberdade, questionando, amenizando, contestando e delineando os conceitos que definem o sentido da vida humana. Desperta fortes emoções e sentimentos que levam o homem a refletir sobre a responsabilidade no cuidado com seus próprios comportamentos e com as ações do outro.
  
Monólogo estreado pelo autor José Teixeira Pacheco, no dia 12 de fevereiro de 2017, no Celeiro poético da torre de TV em Brasília, para uma confraria celeta de escritores e o público em geral. Zé Teixeira é produtor, ator, poeta e romancista, natural e residente na cidade de Regeneração Estado do Piauí, é licenciado em Filosofia pela Universidade Católica de Salvador Bahia, professor concursado e aposentado pela Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal, é autor de várias obras literárias, dentre elas o romance Supremacia de Um Amor, na 4ª edição, publicado pela Universidade Federal do Piauí e Academia Piauiense de Letras; O conto infanto juvenil Um Herói Entre as Drogas com duas edições ambas chanceladas pela cultura, a 1ª edição publicada pela COMEPI no Piauí, e a 2ª, pelo FAC, no Distrito Federal.

Contatos: E-mail: teixeiralappa@hotmail.com; fone operadora tim: 041 (86) 99805-1805. 

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