Elmar Carvalho
Só o tédio absoluto,
o vazio total,
a negação completa,
eu sinto sempre.
Sempre a falta de algo.
Sempre o algo inalcançável.
Sempre a louca
procura
do tesouro perdido,
da pedra filosofal
inexistente.
Sempre a eterna
falta de inspiração
para a eterna poesia
nunca feita.
Sempre a mesma
falta de amor.
Sempre o mesmo amor
velho e tedioso.
Sempre o
mesmo tédio cansado.
Sempre, sempre, sempre
o mesmo sempre de
desilusão.
Pba. 08.09.77

O talento nada tedioso do Elmar Carvalho
ResponderExcluirMaravilha. Obrigado!
ResponderExcluirLindo poema de quem tem carência de amor,sentimentos que não se vive sem ele,o amor não tem idade, côr nem gênero o amor é bonito feio é viver sem amar..
ResponderExcluirBem, ilustre. Confesso que o tal Sr. Tédio também tem aparecido por aqui aos domingos à tarde, sempre pontual. No fim, acolho o sujeito, ofereço-lhe um chá, não o de cadeira, e a visita se desdobra num ócio benfazejo. Parabéns. 🙏🏻
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